© Pawel Czerwinski
iCoDaCo – International Contemporary Dance Collective
O iCoDaCo é um projeto de larga escala da Europa Criativa, cofinanciado pela União Europeia e coordenado pela ilDance, e do qual a Instável é parceira. Nesta edição, terá como foco o desenvolvimento e implementação de estratégias e metodologias inovadoras para a criação e difusão da dança contemporânea, tendo como meta a criação de uma plataforma digital de partilha, aberta à comunidade de artistas de dança contemporânea de todo o mundo.
Entre 2024 e 2027, dentro de períodos previamente definidos, o coletivo irá contribuir para o desenvolvimento de novas formas de conhecimento, participar em atividades de aproximação à comunidade local e criar e apresentar trabalhos artísticos. A participação no projeto decorrerá em tempo integral nos períodos estipulados.
O projeto envolve a participação de doze países europeus, sendo formados nove coletivos.
Sobre o coletivo

Aura
AURA (1997, Porto) é uma artista transdisciplinar interessada em questões de identidade e sustentabilidade e co-fundadora da Asterisco, um espaço e plataforma para artistas pertencentes a minorias sociais. Possui um mestrado em Performance Making pela Goldsmiths e uma licenciatura em Belas Artes e Artes Intermédias pela ESAP e pela Academia de Belas Artes de Gdańsk. Com o apoio da Instável – Centro Coreográfico, apresentou “Trans*Performativity” no Teatro Municipal do Porto no âmbito do Palcos Instáveis, participou no PULSO – Apoio e Mentoria para Coreógrafos e atualmente co-modera o ciclo de conversas Deseclipse.

Júlio Cerdeira
Júlio Cerdeira é artista e performer, atuando nas áreas de dança, performance, teatro e práticas interdisciplinares. Em 2015, concluiu a sua licenciatura em teatro pela Universidade do Minho. Em 2018, completou o mestrado em artes cénicas na ESMAE (Porto), com especialização em direção artística e performance de dança contemporânea. Em 2019, co-fundou o BANQUETE, que realiza processos de pesquisa e cria peças de artes performativas nos campos do teatro, dança e performance. Atualmente, está a desenvolver doutoramento em arte contemporânea na Universidade de Coimbra. Desde 2020, é professor universitário na ESMAE (Porto), lecionando disciplinas de dramaturgia, estudos de performance, dança e movimento. Como performer e coreógrafo, trabalhou com Né Barros, Elisabete Magalhães, Gustavo Ciríaco, Rogério Nuno Costa, Tales Frey, Sandro William Junqueira, DDD Festival, Instável – Centro Coreográfico, Ballet Contemporâneo do Norte, Family Film Project, Zet Gallery, Hošek Contemporary, Bienal de Cerveira, Centro de Arte Oliva e Festival TRÊSPÊ, entre outros.

Sol Garcia
Formada pela Escola Superior de Dança. Iniciou os seus estudos de dança através das Danças Urbanas. Desde 2009, trabalha como performer, colaborando nas criações de Victor Hugo Pontes, Benvindo Fonseca, Olga Roriz, Companhia Erva Daninha, Nuno Preto, Albano Jerónimo, Joana Providência, Clara Andermatt, João Lucas e Companhia Instável com os coreógrafos Victor Hugo Pontes, Tiago Rodrigues, Hofesh Shechter e Roberto Olivan. Desde 2014, tem colaborado como instrutora no FAICC (Formação Avançada em Performance e Criação Coreográfica), organizado pela Instável – Centro Coreográfico. Em 2018, completou o Mestrado em Criação Artística Contemporânea na Universidade de Aveiro. Em 2023, colaborou como assistente de movimento e performer na criação “Nós quem somos?” da Associação Onda Amarela. Em 2024, integrou o elenco do filme “A Pedra Sonha Dar Flor” de Rodrigo Areias e o coletivo iCoDaCo – International Contemporary Dance Collective. Ensina em várias instituições artísticas: Escola Superior de Dança (Lisboa), ACE – Academia Contemporânea do Espectáculo (Porto e Famalicão), Conservatório de Música da Jobra, Lugar Instável (Porto), Dancenter (Aveiro), Backstage (Braga), Dance N’Arts School (Coimbra) e MXM Art Center (Porto).

Mercedes Quijada
Mercedes Quijada é coreógrafa, bailarina e artista visual. Nascida em Granada em 1991, formou-se em Dança Contemporânea no Conservatório Profissional de Dança Reina Sofia, em Granada, e na Oficina Zero, no Porto. Entre 2008 e 2015, foi aluna de dois mestres de flamenco, Manolete e Mariquilla, e desde 2017 estuda improvisação com o coreógrafo moçambicano Horacio Macuacua. Estudou Belas Artes e possui pós-graduação em Educação Artística. Desde 2019, reside no Porto, onde pesquisa técnicas de improvisação e sua relação com as artes visuais, voz e teatralidade. Obteve experiência de palco com Eva la Yerbabuena e Victor Hugo Pontes, entre outros, e participou em projetos como “Let’s Dance Europe”, dirigido por DE LooPERS-dance 2gether, “Cova” de Mafalda Deville e “Lowlands”, dirigido por Helder Seabra para a Companhia Instável. Colabora com artistas visuais Luísa Mota (Porto) e Ania Catherie e Dejna Ti (Berlim), e com o programa de formação Oficina Zero. Faz parte do projeto “Self-Mistake” desde 2021. No mesmo ano, criou “Entre la Pena y la Pared” com Sara Santervás, estreado no festival Súbito, e o solo “BESTA”. Co-criou e dançou o dueto “SELF”, estreado no festival INTERFERÊNCIAS, dirigido por Beatriz Valentim. Dirige o “Perforartes”, um programa que explora as interseções entre dança e artes visuais em várias galerias do Porto. Foi premiada com a bolsa Mórula da Instável, e a sua peça “A·Dentro” faz parte do projeto de difusão da Instável Palcos Instáveis Segunda Casa.
Sobre o projeto
O projeto divide-se em algumas fases e iniciativas, nas quais os artistas selecionados estarão envolvidos.
a) A fase de produção de conhecimento, a decorrer entre novembro de 2024 e fevereiro de 2026. Esta fase compreende a realização de quinze semanas de residências artísticas, no Porto, de duas semanas cada (à exceção da primeira).
As datas confirmadas para as residências nesta parte do projeto são:
25/11 – 01/12/2024
03/03 – 16/03/2025
21/04 – 04/05/2025
02/06 – 15/06/2025
15/09 – 28/09/2025
20/10 – 02/11/ 2025
19/01 – 01/02/2026
16/03 – 29/03/2026
b) O processo de criação colaborativa, ao longo de seis semanas, em 2026. Nesta fase, o coletivo deverá desenvolver uma nova criação que será integrada na programação de um mini-festival no âmbito do projeto. O mini-festival terá a duração de duas semanas, em 2027.
c) Ao longo da totalidade do projeto, os artistas estarão envolvidos em atividades de relação com a comunidade e eventos públicos (workshops, aulas, palestras, criações satélite, etc.) e documentar e partilhar as suas experiências com os restantes coletivos.
Durante o processo, os artistas terão acesso a diversos seminários, conferências e workshops destinados a provocar o pensamento, desafiar o desenvolvimento artístico e a facilitar oportunidades de networking em toda a europa. Terão também acesso a sessões de mentoria e aconselhamento com especialistas, dependendo das necessidades e intenções de cada artista.
A língua de trabalho dominante, nos processos colaborativos entre os nove coletivos, será o inglês.