© José Caldeira/TMP / “Nem a própria ruína”, de João Dinis Pinho, Francisco Pinho, Dinis Duarte, Palcos Instáveis
A história recente tem sublinhado a perigosidade humana, a sua destruição do planeta e possível extinção. Toda a evolução que a espécie protagonizou e assistiu parece então destinada a um desaparecimento total, não deixando ninguém para a (re)contar. Num futuro distante restará um universo imenso, possivelmente em expansão, cujo tudo ou nada a nossa compreensão nunca perceberá.
É entre esse passado e futuro que vivemos: gritamos ou ficamos calados? Juntos descobrimos que na ruína ainda temos o gesto. E entre o amor e a guerra haverá um planeta vazio, à espera que o descubram, onde reencontramos o ar, o mar, a terra, o sol, o amor, a paz.
Nem a Própria Ruína é um espetáculo de dança criado com base em 10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte, uma obra de rock progressivo e instrumental composta por José Cid em 1978. Para além de banda sonora, também a narrativa desta obra é conceptualizada como ponto de partida, uma redenção pós-apocalíptica.
Como numa banda de rock, enfrentamos o desafio entre escolhas pessoais e interpessoais. Cada uma destas relações é criada e desenvolvida durante a performance, passando também elas por uma viagem de sentimentos e emoções. Havendo sempre a necessidade de ter cada um por perto mas, ao mesmo tempo, cada um querer o melhor para si próprio; o altruísmo e o egoísmo.
Francisco Pinho nasceu a 30 de Maio de 1994. Praticou Karaté e frequentou o curso vocacionado de Dança na Escola de Dança Ginasiano. Na procura de universidades de dança fez audição e foi aceite na ArtEZ (Arnhem, Holanda) e SEAD (Salzburg, Áustria), escolhendo a primeira. Trabalhou com vários coreógrafos e estagiou com Krisztina de Chatel com quem apresentou Waltz e Infinite. Em Portugal, trabalhou com Paula Moreno em vários projectos. Acompanhou Tony Vezich em aulas de Release de Beast na Fontys, em Tilburg. Leciona de momento Ginasiano Escola de Dança. Trabalha ainda como bailarino na Kale Companhia de Dança, desenvolve os seus próprios projetos coreográficos.
João Dinis Pinho nasceu no Porto em 1994. Estudou no Ginasiano até 2012, ano em que ingressou na ArtEZ Dansacademie em Arnhem. Durante os estudos teve a oportunidade de trabalhar e estudar com Lisa Nelson, Meg Stuart, Bruno Listopad, entre outros. Em 2015 co-criou o coletivo de dança experimental Baby Skin, com o qual esteve em residência nos fiordes do oeste da Islândia e produziu AGELIFT no Generale Oost, em Arnhem. Ainda nesse ano participou no One Night’s Dance, no Dansateliers em Roterdão, numa colaboração com Julia Barrios de la Mora, o projeto Blurry Identities, que também se apresentou em 2016 no A22 em Vila Nova de Gaia. Também em 2016, João começou a trabalhar com Nicole Beutler / NBprojects em Amesterdão, como Assistente de Coreografia e Diretor de Ensaios em 6: THE SQUARE e bailarino em 2: Dialogue with Lucinda.
Dinis Santos, natural do Porto e nascido a 17 de Agosto de 1994. Desde muito cedo que teve contacto com o movimento físico. Praticou ginástica, natação, karaté, ténis, entre outros. Aos 14 anos ingressa no curso vocacional de Dança na Escola de Dança Ginasiano. Após a conclusão do curso segue a vertente de bailarino profissional na Kale Companhia de Dança, onde já trabalhou com nomes como: Elisabeth Lambeck, Joclécio Azevedo, Marcelo Ferreira, Isabel Ariel e Eldad Ben Sasson.
Dança, M/6 – 45 min
Datas anteriores:
23 abr 2022 / Teatrocine de Torres Vedras
9 nov 2019 / Centro de Artes de Ovar
11 ago 2019 / Festival Bons Sons
24 mai 2019 / Teatro de Vila Real
9 jun 2018 / Theatro Circo
29 abr 2018 / Convento São Francisco
26 abr 2018 / Cineteatro Alba
12 out 2017 / Teatro Aveirense
28 jan 2017 / Sala Estúdio – Teatro Campo Alegre
Direção, coreografia e interpretação: Francisco Pinho, João Dinis Pinho e Dinis Santos
Música: José Cid
Cenografia: Pedro Azevedo
Figurinos: Filipa Melo
Sonoplastia: Francisco Antão
Agradecimentos: Ginasiano Escola de Dança, Tomás Tavares, Benedita Crispiniano, Paula Gândara Reis
Coaching: Cristina Planas Leitão