© “Solo Fértil”, de Inês Carneiro
SOLO FÉRTIL surge da necessidade de falar sobre o vazio, o aparente zero. Da densidade do espaço moldada pela massa de um único músculo que se move meticulosamente. Uma ninfa, fauno, animal ou besta – os olhos não sabem desvendar. Talvez o corpo de uma mulher que mergulha na areia e se lava na água salgada. Um corpo no precipício a ponderar o salto – o ir ou ficar. A partir do estudo sobre o sensível surge um momento sobre a solidão, o habitar o ar rarefeito, com a tentativa de o transportar para cena com leveza e minúcia.
Inês Carneiro
Natural do Porto (1999), tem como formação base Ballet clássico e dança contemporânea. Entre 2017 e 2018, frequenta o Conservatório de Dança do Vale do Sousa. De seguida, ingressa na PERA -School Of Performing Arts, no Norte do Chipre. Em 2019 regressa ao Porto e inicia os estudos em Teatro – vertente Interpretação na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, acabando a licenciatura em 2022. Em 2020 inicia-se enquanto membro da equipa artística do Centro Cultural Móvel, núcleo do projecto “Azevedo” da estrutura artística PELE. Em Junho de 2021 foi escolhida para participar no programa OLE Outdoor Lab Experiences em Alès, França, enquanto artista emergente de Portugal, onde teve a oportunidade de realizar um pitch do seu projecto ELISA. Em paralelo à sua formação, participou em exposições colectivas apresentando os seus projectos de criação independente com carácter site-specific, como “I Like To Listen To The Evening Light” (2018), “Sou Melhor Vivência na Boca dos Outros” (2019), onde explora a ligação entre o corpo que dança, vocaliza e se molda através das artes plásticas – maioritariamente escultura – interagindo com máscaras e “cabeças gigantes de papel” criadas por si. Participou enquanto intérprete em criações de Harry Koushos, Kay Krook, Maria Doulgeri e Celina Liesegang.
Afonso Lemos
Nascido a 22 de Julho de 1995, em Braga, reside atualmente entre as cidades do Porto e Guimarães. Designer de luz, técnico de som, sonoplasta e beatmaker (enquanto o alter ego txmmy). Desde 2019 a frequentar a Licenciatura em Teatro – Variante Luz e Som, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Iniciou a sua carreira na área audiovisual em 2018, trabalhando como assistente técnico de som no Centro e Laboratório Artístico de Vermil e na Arca de Sons – Associação Cultural. Estreia a sua primeira cocriação teatral, “Contos de Fajão”, em 2020, com Jaime Castelo Branco, Miguel Figueiredo e Filipe Carvalho. Em 2021, incorpora a equipa técnica do “Serralves em Luz”, e recebe uma bolsa para a cocriação de “Solo Fértil”, com Inês Carneiro, um espetáculo de dança integrado no programa Palcos Instáveis. Em 2022 concebe a sonoplastia, com Henrique costa, e o desenho de luz, com Bruno Pacheco, da peça “Anda Para O Escuro Comigo”, com texto e encenação de Tomé Nunes Pinto. Em contexto académico, enquanto sonoplasta e desenhador de luz, trabalhou com encenadores como Ángel Fragua, António Durães e Paulo Calatré. Integra também, em 2022, a equipa criativa de “Tartufo”, no âmbito do Projeto NÓS/NOUS, com direção de Tonán Quito.
Dança, M/14 – 30 min
Datas anteriores:
3 e 4 dez / Sala Estúdio do Teatro Campo Alegre
Direção Artística: Inês Carneiro, Afonso Ferreira Lemos
Coreografia e Interpretação: Inês Carneiro
Desenho de Luz: Afonso Ferreira Lemos
Sonoplastia: Afonso Ferreira Lemos, Daniel Teixeira, Inês Carneiro
Cenografia: Rita Cruz
Figurino e Caracterização: Cristina Leite, Eugénia Maia, Inês Carneiro, Rita Cruz
Fotografia / Vídeo: Daniel Teixeira
Design Gráfico: f
Produção: Mariana Lima Costa
Em parceria com Instável – Centro Coreográfico, Teatro Municipal do Porto
Apoios: Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo – Instituto Politécnico do Porto, IBERFIBRAN, InDance, TUP – Teatro Universitário do Porto